Natal de Pabllo Vittar é mais carnal do que espiritual nas cinco músicas do EP de tom nordestino 'Prazer, Mamãe Noel'

  • 23/11/2025
(Foto: Reprodução)
Pabllo Vittar lança EP em que o Natal parece um mero cenário para ambientar músicas já próximas do estilo da artista Divulgação ♫ OPINIÃO SOBRE EP Título: Prazer, Mamãe Noel Artista: Pablo Vittar Cotação: ★ ★ ★ ♬ Em Não se esqueça de nós, última e mais surpreendente faixa do EP natalino de Pabllo Vittar, Prazer, Mamãe Noel, ouve-se balada levada ao piano que mira clima celestial com a orquestração das vozes e o instrumental grandioso (inclusive com guitarras), quase épico. Após atravessar o ano às voltas com a sofrência, o eu-lírico da letra roga aos céus por um amanhã melhor com um facho de esperança na vida que virá. De todas as cinco músicas do EP da artista, Não se esqueça de nós (Kika Boom, Number Teddie, Pabllo Vittar e Zebu, produtor da faixa) é a única com centelha espiritual. Em essência, o Natal cantado por Pabllo Vittar em Prazer, Mamãe Noel é mais carnal. Dá para imaginar uma multidão hedonista se esbaldando na pista em que a cantora joga a faixa-título do EP, Prazer, Mamãe Noel, faixa produzida por Filipe Guerra, coautor e intérprete da música ao lado de Pabllo e John W, nome em ascensão na cena eletrônica. O tema é inspirado no standard natalino Jingle bells (James Pierpont, 1857. Temperados com o duplo sentido da música nordestina, os versos do fluente xote A ceia (Drake do Nordeste, Dupê, Rodrigo Gorky, Guiga, Maffalda, Pablo Bispo e Zebu – “Vem me cuidar, pega pra criar / Me acabo com seus olhos de jabuticaba / Me embriago no seu lábio de licor / Desfrutando teu cacho, seu cabelo encaixa / E os dedos desenham seu corpo de flor / Me dê, me dê, me dê, me dê (a ceia)” – cantados por Pabllo Vittar com o artista baiano Dupê sublinham a sensação que o Natal é quase um pretexto, um mero cenário, para a artista dar voz a um repertório próximo do universo habitual da cantora. A ceia é faixa produzida por Gorky, Maffalda e Zebu, trio que também deu forma ao arrocha Exatamente igual (Bibi, Gorky, Maffalda, Number Teddie e Zebu) – faixa com toque de forró quer reitera a impressão de que Vittar falar de amor e sofrência no ambiente do Natal em vez de cantar o Natal em si e o significado da festa cristã para a humanidade. Mal nenhum há nisso. Já era esperado que Pabllo fizesse um disco natalino mais pop, só que, do ponto de vista da produção musical, faltou a energia do batidão tropical da artista nesse repertório enraizado no universo musical nordestino. A trivial canção romântica Infinito (Arthur Marques, Maffalda, Pabllo Vittar e Zebu), outra faixa produzida pelo trio com o recorrente toque nordestino do EP, sela o sentimento de que o Natal de Mamãe Noel poderia ser mais do que um cenário, uma data, para pôr em pauta as mesmas questões e sofrências de sempre. Capa do EP ‘Prazer, Mamãe Noel’, de Pabllo Vittar Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/11/23/natal-de-pabllo-vittar-e-mais-carnal-do-que-espiritual-nas-cinco-musicas-do-ep-de-tom-nordestino-prazer-mamae-noel.ghtml


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